terça-feira, 10 de março de 2009

Menino de 14 anos vira ídolo dos conservadores nos EUA


Jonathan Krohn ainda não vota, mas já rouba atenções dos republicanos.
Ele escreveu um livro e propõe que o país retome o conservadorismo.

Sarah Palin, o encanador Joe e o próprio John McCain, candidato à Presidência derrotado nas eleições de novembro do ano passado por Barack Obama, têm um forte concorrente pela liderança do combalido Partido Republicano, e ele nem sequer vota. Jonathan Krohn, um garoto de apenas 14 anos de idade vem roubando as atenções dos eleitores mais conservadores do país, ganhando destaque em toda a imprensa norte-americana e se transformando em um novo ídolo.

Jonathan, que fez aniversário no último domingo, apareceu nacionalmente pela primeira vez há duas semanas, quando deu uma curta palestra durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, da sigla em inglês). O tom épico e apaixonado com que falou sobre suas crenças políticas o transformou em uma das principais estrelas do encontro, do qual participam alguns dos nomes mais relevantes do partido.

Desde então, seu discurso se difundiu rapidamente pela internet e ele foi tema de reportagens e entrevistas nos dois principais canais de notícias do país (CNN e Fox News), entrou na lista de piadas do humorista Jon Stewart (do Daily Show) e acaba de ganhar um perfil no “New York Times”. Se não fosse muito para alguém tão novo, ele já está se tornando uma referência política dentro do partido, e é convidado para reuniões com candidatos a cargos executivos do país.

Paixão conservadora

Filho de um analista de sistemas com uma ex-atriz que trabalha como representante de vendas, Jonathan foi educado em casa, e desenvolveu a paixão conservadora praticamente sozinho, disseram seus pais em entrevista ao diário nova-iorquino.

O próprio Jonathan contou, em entrevista ao site “Huffington Post”, que se apaixonou por política aos 8 anos, ouvindo a um programa na rádio. “Comecei a aprender cada vez mais e a pensar por mim mesmo, a entender a política por mim mesmo. E comecei a conseguir usar minha mente para me envolver em conversas políticas sob a mentalidade conservadora”, disse na época do encontro conservador, ainda com 13 anos.

E foi há um ano, quando completou 13, que ele ganhou um computador e começou a escrever suas ideias, construir um argumento para combater o que chamava de mal uso do termo “conservadorismo” na campanha presidencial. O resultado é que ele publicou um livro de 86 páginas, “Define conservatism” (defina conservadorismo) que o lançou como o atual fenômeno político.

Jonathan entra com destaque no cenário meses após a derrota eleitoral dos conservadores que permitiu a eleição de Barack Obama. Ele recebe atenção especial por ser jovem em um partido que costuma ser descrito como menos antenado com as novas gerações e deixado em uma encruzilhada, procurando seu futuro.

Na entrevista ao “Huffington Post”, que é visto como um site liberal e democrata, Jonathan falou sobre sua visão da forma como o Partido Republicano pode se reeguer. “Conservadorismo, conservadorismo, conservadorismo”, disse. Aos 14, ele nem sequer tem um celular próprio para poder conceder entrevistas, mas já é visto como um símbolo da oposição ao atual governo e do futuro que os republicanos podem ter.

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