É proposital. Toda vez que a Audi lança uma versão com a sigla RS é bom correr, já que a produção é sempre bastante limitada. Primeiro foram apenas 2.881 unidades do RS2, mostrado há onze anos. Depois, em 1999, a primeira geração do RS4 foi apresentada na versão perua e teve seis mil unidades produzidas. Ainda não se sabe quantos novos RS4 vão sair da linha de montagem, mas também serão poucos. Afinal, o apelo da exclusividade ajuda a criar mitos. Mas o mais importante é ser lembrado pelo desempenho, sofisticação e beleza. E isso o novo RS4 tem de sobra.
Ao contrário da geração anterior, o RS4 renovado também estará disponível na versão sedã. O visual não reflete toda a fome de asfalto que o carro realmente tem, mas deixa claro que é bom se apressar a dar passagem se vir os faróis piscando pelo retrovisor. No lugar do V6 2.7 biturbo, agora há a Audi conseguiu instalar um V8 4.2, com sistema de injeção direta de combustível (FSI), sem mexer no cofre do motor. Mas para isso precisou eliminar ao máximo as correias com trocas periódicas. Sobrou apenas a do alternador.
Como diz a voz do povo, “é muito motor para pouca lata”. São 420 cavalos de potência e 43,9 kgfm de torque a 5.500 rpm, sendo que 90 % dessa força já está disponível entre 2.250 e 7.600 rpm. São números que levam � incrível relação peso/potência de 3,93 kg/cv. Na prática, isso acaba contribuindo com a agilidade do carro. Para acelerar de 0 a 100 km/h, por exemplo, são necessários meros 4,8 segundos, conforme o fabricante. Da imobilidade aos 160 km/h, o cronômetro crava 16,6 s. Nada mal, mas a velocidade continua sendo limitada em 250 km/h.
O que também ajuda esse RS4 a rasgar retas como um bólido é o sistema de tração integral Quattro (que completou 25 anos na marca alemã), agora com diferencial Torsen (Torque Sensível), que distribui a tração entre os eixos conforme as condições de aderência. É possível que, se for necessário, apenas um eixo receba a força do motor. Tudo para as rodas não girarem em falso. E por falar em rodas, agora são de aro 18, com pneus 255/40R. Como opcional, há um conjunto de aro 19. Em comparação com o RS4 anterior, o novo é três centímetros mais baixo e tem a bitola 3,7 cm mais larga na frente e 4,7 cm atrás. Também faz parte do sistema de transmissão, o câmbio manual de seis marchas.
A estutura recebeu maior rigidez torcional e suspensão controlada eletronicamente. Os quatro amortecedores hidráulicos estão interligados e funcionam sob o controle de uma central eletrônica que capta informações sobre velocidade, atuação dos freios, entre outros itens. A partir disso, evita a rolagem da carroceria nas curvas e em freadas bruscas, o que ajuda a manter o carro sob controle. Trata-se do sistema conhecido como DRC (Dynamic Ride Control), também usado no RS6, mas que foi aperfeiçoado, ficando mais leve e eficiente. Além disso, o controle eletrônico de estabilidade (ESP) de última geração funciona integrado aos freios.
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